Ninguém discorda que criar sites é uma atividade que vem perdendo credibilidade de uns anos para cá. Na verdade isto se deve a uma série de fatores que, em parte, tem algum respaldo. É comum muitas empresas procurarem agências digitais em busca de estratégias para aumentar suas vendas, engajamento, tráfego ou para melhorar seu market share… mas sequer possuem um site adequado – isso quando têm  -, o que atrapalha ou até inviabiliza qualquer campanha. E quando se levanta a necessidade de produzir um site geralmente estas empresas reagem contrariadas “Ah, mas nós já temos um!”, “Fizemos com um rapaz muito bom ano passado, ficou bonito!”, “Não preciso de site novo, preciso vender!”, “Tem uma empresa que está fazendo…”, “É muito caro!”, etc.

Muito disso é consequência de um mercado que oferece cada vez mais “soluções commoditizadas” dando a impressão de que existe uma fórmula mágica capaz de criar sites bons, rápidos e baratos que funcionam para todo tipo de empresa e negócio. Além disso, com valores cada vez mais baixos – para não dizer gratuitos – muitas das empresas que contrataram este tipo de serviço acabam tendo que refazer tudo em algum momento futuro. Isso também vale para os famosos “sites de sobrinhos”, que são aqueles “profissionais amadores”, sem experiência de mercado,  geralmente muito jovens e limitados, que criam “sites” por preços irrisórios; e entregam projetos carentes de valor e cheio de problemas. No fim estes sites vão acabar prejudicando a imagem destas empresas, pois não cumprem os objetivos a que um site deve se propôr.

 

 

Dentro do panorama das micro e pequenas empresas estas práticas são ainda mais usuais. É comum o pequeno empresário, ao iniciar uma empresa, separar um capital relativamente alto para investir em maquinários, veículos, matéria-primas e equivalentes, o que é o previsto. Mas considera “absurdo”, “despesa”, “gasto” investir algum dinheiro na criação de uma marca, um cartão e um site, mesmo quando este percentual representa cerca de 1o ou 15% do investimento total, ficando tudo isso a cargo de um filho ou sobrinho que “mexe em computador.” Isso vem da falta de conhecimento a respeito do valor do marketing, do design, do branding e da comunicação, e a falsa ideia de que tudo isso ou tem que ser muito caro, ou que pode ser feito por qualquer um.

Os resultados a longo prazo são prejudiciais e estas empresas estão deixando de aproveitar o grande diferencial competitivo que um site bem planejado e bem executado pode trazer.

Websites considerados bons não são necessariamente os mais “bonitos” e nem os mais “caros”

É verdade que beleza é algo muito pessoal e por isso, relativo; assim como o conceito de caro e barato, que vai depender da finalidade ou com o que estamos comparando. A verdade é que algo pode ser bonito para mim, mas não para você; e empresas que só conseguem enxergar preço, jamais enxergarão valor. Justamente por isso podem achar sempre “caro” criar um site. No entanto, mesmo tendo pago “caro” ou sendo “bonito” para quem contratou, ainda assim um site pode ser totalmente ineficaz ou apresentar diversos problemas.

Resumindo: Um site só é considerado bom e funcional quando ele atende aos objetivos estratégicos e de comunicação da empresa, tendo, para isso, que seguir algumas regras e padrões fundamentais de Usabilidade“Usabilidade é o estudo da facilidade de se interagir com uma determinada interface gráfica a fim de atingir um objetivo de comunicação.”

Veja a seguir quais são os principais pontos observados que atestam se um site pode ser considerado bom do ponto de vista funcional.

Pontos Observados na Usabilidade

Acessibilidade

A acessibilidade determina qual o grau de dificuldade do usuário para acessar os conteúdo do site. Se o site abre rapidamente, se o contraste entre fundo e texto favorece a leitura; se as fontes são adequadas e em um corpo visível; se não há uso de Flash (essa tecnologia prejudica a indexação do Google e não abre em dispositivos móveis) e se o site abre adequadamente em smartphones e tablets (responsividade) são algumas das variáveis analisadas. Quanto mais fácil o acesso, melhor.

Identidade

A identidade determina o quão rápido o objetivo do site é entendido pelo usuário.  A logo do site está posicionada corretamente? O serviço que a empresa presta está claro ao visitante, ele consegue descobrir o que a empresa faz em menos de 5s? As informações institucionais estão acessíveis a quem chega no site? Os telefones de contato, e-mails, skype, whatsapp e chat estão visíveis? Estas são algumas das questões avaliadas.

Navegação

Um trajeto bem planejado do usuário no site para que ele não se perca na busca de informações ou vá embora é a função de uma navegação bem estruturada. Neste quesito se avalia questões como os menus de navegação, os itens referentes as seções do site – se estão claros e intuitivos para o visitante –  ; se é feito o uso de botões CTAs, assim como ícones que facilitam a navegação, e se existem mecanismos como combos de busca ou tags. Tudo isso contribui para que o visitante tenha uma boa experiência de navegação.

Interface gráfica

Aqui avaliamos as questões referentes ao design e layout do site. Uma interface mal elaborada prejudica a troca de informações entre site e usuário, por isso o visual é tão importante. A interface gráfica é amigável, atraente, intuitiva e facilita o acesso às informações do site? As cores seguem um padrão? A área útil do site é bem aproveitada? Há poluição visual ou excesso de informações? Faz uso de imagens bem elaboradas como apoio estratégico à informações que precisam de destaque? Estes pontos, entre outros, definem se o design da interface foi elaborado da maneira correta, muito diferente do conceito de “bonito” ou “feio”, que são conceitos totalmente irrelevantes.

Conteúdo

Se as informações contidas no site são pertinentes, completas e hierarquizadas segundo sua ordem de importância é o que se avalia neste quesito. Todos os títulos estão claros e descritivos?  O conteúdo de mais importância está acima da dobra do browser? Os textos estão claros e concisos? As URLs são amigáveis? O conteúdo está criado em cima de Regras de otimização (SEO) por palavras-chave? Os textos estão em HTML ou em imagens? O conteúdo é um dos quesitos mais importantes em um site, pois é justamente através dele que o Google indexa seus resultados na busca orgãnica (não-paga).

Estas são apenas algumas das variáveis avaliadas em uma Análise da Usabilidade.

Conclusão…

Nenhuma campanha de marketing digital pode funcionar 100% sem um site adequado inserido na estratégia, sendo que em certos casos, um site mal produzido pode até prejudicar os resultados. Um website é o mínimo que uma empresa tem que ter para começar qualquer ação na internet, mas deve ser algo que realmente a atenda. Para isso é necessário fazer um mapeamento e definir um escopo de projeto que venha de encontro as necessidades presentes e futuras da empresa.

Veja como um Site mal Planejado pode Prejudicar sua Campanha de Adwords.

Você tem um site? Seu site realmente funciona? Se tiver dúvidas sobre este e outros assuntos, fale com a gente.